Dia 1º de dezembro comemora-se o dia mundial contra a AIDS, uma iniciativa lançada para alertar a população sobre os riscos da doença.
Uma informação preocupante: surgem mais de 40 mil novos casos por ano no mundo e 35% deles ocorre com jovens de 15 a 24 anos. De acordo com a UNAIDS as novas infecções caíram apenas 18% nos últimos sete anos.
O Laboratório Santa Cecília preocupado com seus clientes, tenta esclarecer as principais dúvidas através de 10 respostas simples e objetivas.
HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana (human immunodeficiency virus), que é o causador da Aids.
Todos estão sujeitos a contrair o vírus HIV, uma vez que a doença não escolhe cor de pele, idade, gênero ou preferências sexuais, contudo, há alguns comportamentos de risco para a infecção por HIV:
Relação sexual (vaginal, anal ou oral) com pessoa infectada sem o uso de preservativos
Compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente, no uso de drogas injetáveis
Reutilização de objetos perfurocortantes com presença de sangue ou fluidos contaminados pelo HIV
Mulheres HIV-positivas que queiram engravidar também precisam tomar as providências, sob orientação médica, para não transmitir o vírus para os seus filhos durante a gestação, parto ou amamentação.
HIV não é a mesma coisa que aids. A aids é uma doença crônica e que pode ser potencialmente fatal. Ela acontece quando a pessoa infectada pelo vírus HIV vai tendo o seu sistema imunológico danificado pelo vírus, interferindo na habilidade do organismo de lutar contra os invasores que causam a doença, além de deixar a pessoa suscetível a infecções oportunistas. A infecção pelo HIV evolui para Aids quando a pessoa não é tratada e sua imunidade vai diminuindo ao longo do tempo.
Não há cura para a infecção pelo vírus HIV, mas há remédios que podem reduzir drasticamente a progressão da doença. Essas drogas reduziram o número de mortes em decorrência da infecção em grande parte do planeta, mas não é um tratamento simples e a pessoa infectada demandará diversos cuidados em todas as áreas de sua saúde.
Uma pessoa pode estar infectada pelo HIV, sendo soropositiva, e não necessariamente apresentar comprometimento do sistema imune com perda dos linfócitos T, podendo viver por anos sem manifestar sintomas ou desenvolver a AIDS.
A maior parte das pessoas infectadas pelo vírus HIV desenvolvem, cerca de um ou dois meses após a exposição, alguns sintomas parecidos com os de um resfriado. Esta fase, conhecida como primária ou aguda pode durar por algumas semanas e é bastante perigosa, pois a infecção pode passar desapercebida e a carga viral (quantidade de vírus no sangue) neste momento é bastante alta, fazendo com que o vírus se espalhe mais facilmente. Depois deste período os sintomas podem desaparecer espontaneamente por vários anos antes do HIV ser diagnosticado. Entre os sintomas que podem surgir quando a pessoa foi infectada pelo HIV estão:
Mal-estar
Febre
Manchas vermelhas pelo corpo
Aumento dos linfonodos, ou ínguas
Dores de cabeça
Dor nos músculos
Erupção cutânea
Calafrio
Dor de garganta
Úlceras orais ou úlceras genitais
Dor nas articulações
Sudorese noturna
Diarreia
Tosse
É o período entre o contágio e o início de produção dos anticorpos pelo organismo. Nesse período, não há detecção de positividade nos testes de triagem, pois ainda não há anticorpos, e pode variar de 15 a 60 dias. Embora nesse período a pessoa não seja identificada como portadora do HIV, ela já é transmissora.
Temos os testes de triagem de primeira a quarta geração e os testes complementares ou confirmatórios.
O ensaio de quarta geração detecta simultaneamente o antígeno p24 e anticorpos específicos anti-HIV. Ou seja, é um teste de triagem, porém, bem mais específico e sensível. Em média, a janela diagnóstica dos ensaios de quarta geração é de aproximadamente 15 dias, mas pode variar entre os indivíduos. O Laboratório Santa Cecília realiza o teste de quarta geração.
São usados como testes confirmatórios os exames Western Blot, o Imunoblot e o Teste de Imunofluorescência indireta para o HIV-1 (este último atualmente pouco utilizado). Eles são requeridos somente quando o resultado de testes de triagem são reativos ou indeterminados. Eles são necessários porque, algumas vezes, os exames podem dar resultados falso-positivos em decorrência de algumas doenças, como artrite reumatoide, doenças autoimunes e alguns tipos de câncer não diagnosticados.
Temos também os testes moleculares (TM) que detectam RNA ou DNA pró-viral. A detecção do antígeno p24 do HIV-1, de RNA ou DNA desempenha um papel importante quando a detecção de anticorpos não é possível. São especialmente úteis para o diagnóstico em crianças com idade inferior a 18 meses e na infecção aguda em adultos.Também utilizado para monitoramento terapêutico.
O diagnóstico da infecção pelo HIV é suscetível a falhas e erros. Além do período de janela diagnóstica, existem outras causas de falhas que podem excepcionalmente ocorrer quando se realiza o diagnóstico da infecção pelo HIV, portanto somente um médico terá condições de interpretar um exame para HIV e fazer um diagnóstico correto. Em caso de suspeita, procure um médico.