Dismorfismo eritrocitário

EXAME DE DISMORFISMO ERITROCITÁRIO FEED

Dismorfismo eritrocitário

EXAME DE DISMORFISMO ERITROCITÁRIO FEED

A hematúria é um quadro comumente encontrado no parcial de urina rotina, e nem sempre é indicativo de doença, podendo ser observado desde o esforço físico até em doenças graves. A hematúria pode ser de origem glomerular ou não- glomerular.

A investigação da hematúria requer anamnese e exame físico bem detalhados, associados a exames laboratoriais e de imagem, evitando outros procedimentos invasivos, onerosos e muitas vezes desnecessários. Na maioria dos pacientes portadores de de glomerulonefrite, observa-se uma hematúria classicamente caracterizada pela associação de proteinúria e cilindros hemáticos. No entanto, nem todos os pacientes apresentam tais alterações e para avaliar com mais precisão a origem do sangramento, se glomerular ou não-glomerular, o exame de dismorfismo eritrocitário tem sido muito realizado.

Nosso objetivo é explanar a respeito da importância do diagnóstico de dismorfismo eritrocitário na hematúria, correlacionando-o com doenças renais glomerulares.

A análise é feita pelo sedimento urinário e permite avaliar a morfologia das hemácias, podendo ser do tipo acantócitos ou codócitos (dismórficas) ou normais (isomórficas). A microscopia por contraste de fase é considerado o melhor método para análise desse sedimento, principalmente para o estudo do dismorfismo eritrocitário, dispensando o uso de colorações especiais.

As principais causas de hematúria glomerular são: nefropatia por IgA, doença da membrana fina, glomerulonefrite membranoproliferativa, glomerulonefrite rapidamente progressiva, vasculopatia, glomerulonefrite pós- infecciosa, lúpus eritematoso sistêmico e diabetes mellitus. E as principais causas de hemorragia não-glomerular são: infecção cristalúria, nefro litíase, malignidade, hipertrofia prostática benigna, doença renal policística, coagulopatia, traço falcêmico, trauma, exercícios, má-formação arteriovenosa e trombose da veia renal.

Por isso o exame de dismorfismo eritrocitário é tão importante para ajudar no diagnóstico e tratamento correto do paciente. Devido à grande importância clínica deste exame, ele foi incluído em nosso quadro de rotina laboratorial e sendo considerado um exame de urgência.

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A importância do exame de urina

Exame de urina

A importância do exame de urina

Exame de urina

A urina é uma das principais vias de excreção do organismo, ela contém diversos resíduos e toxinas, produtos que são filtrados pelo nosso organismo. Tudo o que você come, bebe, o quanto se exercita, funcionamento dos rins, qualquer descompensação, distúrbio ou doença podem afetar a sua aparência e composição normal.

Desta forma, ao contrário do que muitas pessoas pensam, o exame de urina não é utilizado apenas para detectar uma infecção urinária, ele pode oferecer informações importantes sobre o estado fisiológico do organismo, sobre a presença e a evolução de muitas doenças sistêmicas, sobre a avaliação de certos tratamentos e sobre o estado funcional dos rins.

Por ser um exame muito fácil de ser realizado, indolor e que pode gerar muitos dados sobre o estado do paciente, o exame de urina é um dos testes mais solicitados para verificar a saúde de um paciente, considerado como um exame de rotina.

O exame de urina pode ser prescrito pelo médico como um exame de rotina (mesmo quando o paciente não apresenta sintomas) ou para confirmar a suspeita de alguma doença.

Os principais critérios são:

– Exame de rotina: rastreio anual geral, avaliação antes da cirurgia (avaliação pré-operatória), triagem de doença renal, diabetes mellitus, hipertensão arterial (pressão alta), doença hepática etc.

– Avaliação de sintomas: dor abdominal, micção dolorosa, dor no flanco, febre, sangue na urina ou outros sintomas urinários.

– Diagnóstico de condições médicas: infecção do trato urinário, infecção renal, cálculos renais, diabetes descontrolada, insuficiência renal, proteína na urina, rastreio de drogas e inflamação renal.

– Monitoramento de progressão de doenças e resposta à terapia: doença renal relacionada ao diabetes, insuficiência renal, doença renal relacionada à pressão arterial, infecção renal etc.

Existem 3 tipos de exames de urina:

1) EAS – Urina Rotina 

Também chamado de urina tipo I ou parcial de urina, é o exame mais simples e básico. Analisa aspectos físicos, químicos e componentes do sedimento urinário como:

  • PH: avalia a capacidade dos rins de secretar ou reabsorver ácidos e bases, também podem indicar a presença de cálculos renais e microrganismos;
  • Densidade: avalia a concentração de substâncias sólidas na urina. Uma densidade baixa, pode representar uso excessivo de líquido, diabetes e hipertensão. Já alta pode ser indicativo de desidratação, insuficiência cardíaca e outros;
  • Glicose: detecção e monitoramento de diabetes;
  • Bilirrubina: característico de doenças hepáticas e biliares;
  • Urobilinogênio: indicativo de danos hepáticos e distúrbios hemolíticos;
  • Proteínas: pode estar relacionada a doenças do trato urinário e renal;
  • Corpos cetônicos: produtos da metabolização de gorduras, comum em pacientes diabéticos, dietas e jejum prolongados;
  • Nitrito: pode indicar infecção bacteriana nos rins ou no trato urinário;
  • Leucócitos: pode indicar doença do trato urinário ou inflamação renal;
  • Células epiteliais: dependendo do tipo podem estar relacionadas a problemas renais graves como síndrome nefrótica;
  • Cristais: alguns são normais devido a alimentação e tempo de guarda da urina, outros são indicativos de cálculos renais;
  • Microrganismos: indicativos de infecções bacterianas, fúngicas ou parasitárias;
  • Sangue (hemoglobina e hemácias): pode indicar hemorragia no sistema urinário e caracterizar certas patologias como infecções, pedras nos rins e doenças renais mais graves.

Para a diagnosticar a origem da hematúria, se glomerular ou não, recomenda-se realizar o exame de dismorfismo eritrocitário, exame realizado no laboratório Santa Cecília em microscópio de contraste de fase, considerado padrão ouro para realização deste exame.

2) Urina 24 horas 

Esta é a análise de alguns parâmetros de toda urina excretada no período de 24 horas. 

A avaliação de algum hormônio, um mineral ou outro composto pode ser um importante indicativo clínico na prática médica.

A depuração, também chamada clearance da creatinina, é uma verificação da capacidade que os rins têm de filtrar o sangue.  

3) Urocultura 

É o exame que detecta e identifica a presença de bactérias no trato urinário.   

Os rins e a bexiga são ambientes estéreis, onde normalmente não há bactérias, portanto, a urocultura pode indicar a presença delas. Neste exame, a urina é inoculada em meio de cultura. Em 24 a 48 horas, a maior parte das bactérias causadoras de infecções urinárias se desenvolvem, formando colônias.   

Além disso, também podem ser feitos os testes de sensibilidade a antibióticos, para auxiliar o médico na escolha dos medicamentos específicos que devem ser utilizados. 

O exame de urina pode ser prescrito como exame de rotina ou para confirmar a suspeita de alguma doença. É fundamental para os idosos, pois o risco de desenvolver doenças renais aumenta com a idade. 

 

Vale reforçar que em relação a coleta, a SBPC/ML (Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial), afirma que a primeira amostra da manhã é ideal para o exame de urina de rotina, por ser mais concentrada, garantindo assim a detecção de substâncias químicas e elementos presentes na urina.  A região urogenital deve estar limpa, sendo realizada assepsia do local e o primeiro jato de urina deve ser desprezado (eliminando as impurezas que possam estar na uretra, canal urinário que traz a urina da bexiga).  Coletar urina do jato médio até cerca de 1/3 ou metade da capacidade do frasco. Desprezar o restante de urina no vaso sanitário.

Fique atento: O resultado seguro depende diretamente da qualidade e confiabilidade da coleta da amostra.

Em caso de dúvida entre em contato com o laboratório.

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Doença de Alzheimer

Doença de Alzheimer

Doença de Alzheimer

Doença de Alzheimer

O que é Doença de Alzheimer?

É um transtorno neurodegenerativo progressivo que se manifesta pela perda progressiva das capacidades cognitivas, ocasionando uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e alterações comportamentais, relacionados a falta de memória, confusão e dificuldade de se orientar no espaço, comprometendo progressivamente as atividades da vida diária.  

A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em idosos, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência nessa população.

A condição não tem cura, mas o diagnóstico e o tratamento precoces retardam o avanço da doença.

Embora o Alzheimer seja mais comum em idosos, a doença também pode acometer adultos. Quando isso acontece, ela é denominada de Alzheimer precoce.

O Alzheimer precoce é raro, acometendo menos de 10% de todos os indivíduos com a doença, sendo mais comum o aparecimento em indivíduos a partir dos 50 anos, mas também pode acometer pessoas com 30 anos, salvo raríssimas exceções de pacientes ainda mais jovens.

Pela questão da idade, a condição é mais difícil de diagnosticar, visto que muitos sintomas se confundem com transtornos psiquiátricos. Por isso, estar bem informado é fundamental para o reconhecimento dessa enfermidade, algo vital para frear a progressão dos sintomas.

Por que o Alzheimer acontece?

O mal de Alzheimer, seja precoce ou tardio, ocorre devido ao acúmulo de certas proteínas (proteínas beta-amiloide e tau) no cérebro que interferem na comunicação entre os neurônios, prejudicando as funções cerebrais, enfraquecendo as sinapses e levando à gradativa atrofia do cérebro.

Os sintomas variam. Tudo depende da região onde essas placas de proteínas se acumulam.

As causas para o acúmulo de proteínas no cérebro ainda não são totalmente conhecidas. Apesar disso, sabe-se que a genética é um fator preponderante no Alzheimer precoce. Mutações no gene APP, PSEN1 e PSEN2, as quais podem ser transmitidas hereditariamente, estão associadas à doença. Dessa forma, é maior a chance de desenvolver o Alzheimer em pessoas com parentes que sofrem da enfermidade.

Além disso, o estilo de vida também impacta na manifestação e evolução dos sintomas. Pessoas com maiores estímulos cognitivos têm menos riscos de ter a doença, afinal, esses pacientes possuem uma neuroplasticidade (capacidade de adaptação cerebral) maior.

Fatores como obesidade, sedentarismo, hipertensão, tabagismo, deficiência nutricional, diabetes, dislipidemia (excesso de gordura no sangue), depressão, cansaço mental recorrente, traumatismo craniano e isolamento social estão associados a um risco maior de desenvolvimento do Alzheimer,   

Como prevenir o Alzheimer?

Manter uma mente ativa e ter hábitos de vida saudáveis é muito importante para evitar ou retardar o Alzheimer. Entre as principais maneiras de se prevenir da doença, podemos citar:

  • Manter uma rotina de exercícios físicos.
  • Estimular a mente com estudos (instrumento musical ou idiomas, por exemplo) e jogos intelectuais, como Sudoku, palavras-cruzadas, etc.
  • Controlar os níveis de colesterol e pressão alta.
  • Manter o peso corporal em padrões saudáveis.
  • Prezar pela alimentação saudável.
  • Manter bons níveis de vitamina no corpo, em especial, a vitamina D.

É sempre bom lembrar que esses e outros bons hábitos são fundamentais para a qualidade de vida, envelhecimento saudável e prevenção de diversas doenças.

Como diagnosticar a doença?

O diagnóstico do Alzheimer é realizado, primeiramente, com análise clínica. O neurologista verifica os sintomas do paciente, histórico familiar de doenças e realiza alguns testes de memória e cognição em casos em que há suspeita. Em seguida, exames clínicos, laboratoriais e de imagem podem ser feitos para dar insumos ao diagnóstico.

A investigação, muitas vezes, começa pelo exame de sangue, que ajuda a descartar outras condições médicas. Um exemplo disso é a deficiência em vitamina B12, que pode provocar sintomas neurológicos parecidos com o mal de Alzheimer. O procedimento também avalia a presença das proteínas beta-amiloide no sangue, um indicativo da doença.

Além disso, a tomografia computadorizada do cérebro e a ressonância magnética são essenciais para identificar, através de imagens de alta resolução, o estágio de degeneração das células nervosas. Esses procedimentos são um dos mais importantes para a confirmação do diagnóstico.

Por fim, o exame do líquido cefalorraquidiano (LCR) também costuma ser realizado para identificar a presença de proteína tau no neurônio do paciente, um marcador biológico da doença. O exame consiste em uma punção lombar para coleta e análise do fluido cefalorraquidiano.

Laboratório Santa Cecília oferece uma série de exames laboratoriais que dão suporte ao diagnóstico de Alzheimer precoce e de inúmeras outras doenças.

Entre estes exames, podemos citar o exame PrecivityAD2, realizado no laboratório Fleury, um exame simples, realizado pela coleta de sangue, onde a detecção de proteínas no plasma e estabelecimento de um escore, indica a presença ou ausência de placas amiloides cerebrais, que são alterações características da doença de Alzheimer, auxiliando os médicos a diagnosticar ou descartar a condição precocemente. Este exame é realizado apenas por indicação médica em pacientes com 55 anos ou mais, que apresentam comprometimento cognitivo leve ou demência.

Como é o tratamento?

Ainda não há uma cura definitiva para o Alzheimer precoce. Contudo, há inúmeros tratamentos para minimizar os sintomas, melhorar a qualidade de vida e impedir a progressão da enfermidade. As abordagens são individualizadas e multidisciplinares, uma vez que cada paciente possui diferentes sintomas da doença.

Um dos tratamentos é feito através do uso de medicamentos, os quais podem ter inúmeras finalidades.

Terapias de suporte e mudanças no estilo de vida também são muito comuns no tratamento, incluindo atividades de estímulo cerebral, exercício físico, dieta equilibrada, acompanhamento psicológico, entre outras práticas.

Nos estágios mais avançados da doença, que podem ser evitados ou atrasados com o diagnóstico e tratamento precoces, é necessário o apoio profissional e/ou de familiares para o cuidado em tempo integral do paciente. Isso inclui o auxílio na alimentação, banho, locomoção, etc.

No Brasil, centros de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) oferecem tratamento multidisciplinar integral e gratuito para pacientes com Alzheimer, além de medicamentos que ajudam a retardar a evolução dos sintomas. Os cuidados dedicados às pessoas com Alzheimer, porém, devem ocorrer em tempo integral.

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