Alguns, sim. Os antibióticos e os anti-inflamatórios, por exemplo, interferem nos testes de coagulação do sangue, normalmente solicitados em pré-operatórios. Portanto, quaisquer que sejam os remédios que esteja tomando, avise o atendente antes do exame. Caso um deles interfira, você terá que conversar com o seu medico sobre a possibilidade de suspendê-lo por alguns dias. Se a interrupção não for possível, esse dado terá que ser levado em conta na avaliação do resultado.
Com certeza. Aspirina e o nome popular do ácido acetilsalicílico. Ela está presente em muitos analgésicos e antitérmicos, tais como AAS, Buferin, Doril, Melhoral, Aspirina Forte, Cibalena, Doloxene-A e Aspirina C. Mas também em antiácidos (Alka-Seltzer e Engov), onde está associada a outras substâncias farmacológicas. Por isso guarde bem: todos os remédios com ácido acetilsalicílico interferem nos exames de coagulação do sangue como plaquetas, Tempo de Protrombina (TAP), Tempo de Trompbloplastina Parcial (TTP) e outros. Em altas doses, podem diminuir os valores totais de tiroxina (T4), um dos hormônios da tireoide.
Sim, no de creatinina. O uso de remédios contendo dipirona – a Novalgina é um deles – pode fazer com que o resultado da creatinina dê mais baixo do que o real, dependendo do método utilizado. Por isso, ao fazer esse exame, que avalia se os rins estão funcionando bem, o ideal é evitar o medicamento nos três dias anteriores.
Sim, pois elas também atrapalham certos exames.Por exemplo, a vitamina C altera o de creatinina. Já a vitamina E interfere nos testes de agregação plaquetária.
De jeito nenhum, se forem testes de agregação plaquetária, curva glicêmica ou exame ergométrico. Nesses casos, não fume no dia do exame.
Sim, por exemplo, no de urina. Por isso o ideal é fazê-lo fora do período menstrual. Mas, se for urgente, a urina pode ser colhida sem problemas,
adotando-se dois cuidados: assepsia na hora do exame e o uso de tampão vaginal para o sangue menstrual não se misturar à urina.
Sim, qualquer um deles. Porém, diversos hormônios e algumas proteínas séricas variam durante o ciclo menstrual. Portanto, é fundamental que o
médico saiba em que período do ciclo o seu exame foi realizado.
Alguns, sim. Por exemplo, os de glicemia e dosagem de fator VIII de coagulação. Tanto que, antes de fazê-los, você não pode ter se submetido a
qualquer esforço físico. Além disso, lembre-se: os exames laboratoriais são padronizados para a realização em condições ideais, bem definidas. É o
que os médicos chamam de condições basais. Em conseqüência, testes feitos após esforços físicos terão eventualmente valores diferentes dos que
você tem.
Porque ela não interfere nos fatores da coagulação que são avaliados através deste teste. A Aspirina age no sistema da coagulação, apenas como
antiagregante das plaquetas.
Sim, especialmente o de triglicérides. Uma dose de uísque, uma cerveja ou um copo de vinho na véspera é suficiente para elevar os seus níveis,
falseando os resultados. Por isso, o ideal é, antes do exame, ficar três dias sem ingerir qualquer bebida alcoólica. Importante: o álcool também
altera o colesterol, mas pouco
Sim, mas principalmente no de triglicérides. Por exemplo, uma pessoa com triglicérides elevados e que adota uma dieta rígida na véspera do exame
terá um resultado falsamente baixo. Já alguém com triglicérides normais, mas que come uma feijoada no dia anterior, apresentará resultado
falsamente alto
Você deve manter a sua dieta habitual nos 5 dias que antecedem os exames. É fundamental jejum de 12 a 14 horas para a coleta do sangue.
É a que você costuma comer no seu dia-a-dia. Portanto, essa instrução significa apenas o seguinte: não mude a alimentação.
Não. Mas convém tomá-la com moderação. O excesso interfere nos exames de urina. Se seu exame envolve algum tipo de anestésico, você não
poderá beber água.
Nem todos. O hemograma simples, por exemplo, dispensa o jejum. Já glicemia e triglicérides exigem que você fique várias horas sem comer. O
tempo de jejum varia de acordo com o exame.
Nem todos. Desde que obedeça ao tempo estipulado de jejum, alguns podem ser colhidos, inclusive à tarde, sem problemas.
Quando se pensa em exames de sangue, uma questão que sempre surge é: será preciso jejum ou não? Para entender a resposta, que não é nem
sim nem não, é importante que se tenha em mente que os exames laboratoriais refletem o estado fisiológico do indivíduo no momento da coleta da
amostra, ou seja, é como se fosse uma fotografia. O ideal é que esta fotografia seja a mais representativa possível do estado de saúde do indivíduo.
Para que o resultado possa ser informativo e auxiliar em alguma decisão, ele deve ser comparado a um valor ou a um intervalo de referência.
Quando o resultado obtido estiver dentro do intervalo de referência, assume-se como “normal”; quando estiver fora, sugere alguma anormalidade.
Mas não são apenas as doenças que causam estes desvios. Algumas variações consideradas fisiológicas podem resultar em valores
aparentemente patológicos. Uma das causas mais freqüentes é o fato do indivíduo não estar, no momento da coleta, em condições comparáveis
com as utilizadas para a definição do intervalo de referência. Estas variações são denominadas variáveis pré-analíticas e incluem dieta, tempo de
jejum, variações circadianas, fase do ciclo menstrual, atividade física, stress emocional, uso de medicamentos etc. A dieta, em particular, provoca alterações importantes, uma vez que as substâncias absorvidas, como a glicose, por exemplo, estarão em concentração mais elevada no período
pós-prandial do que algum tempo após a alimentação. Outras substâncias, que são utilizadas no processo metabólico da absorção e digestão, tais
como o fósforo inorgânico, terão sua concentração rebaixada no período de absorção e mais elevada após um tempo de jejum. Para a maioria das
substâncias, as variações decorrentes da alimentação se mantém por uma a duas horas. A glicemia (dosagem de açúcar no sangue), por exemplo,
de indivíduos normais, se eleva após a alimentação mas retorna aos níveis basais dentro de duas horas. Outras substâncias, porém, como os
triglicérides (uma gordura) pode demorar até 10 horas para voltar aos níveis de jejum. Estes tempos variam na dependência da quantidade e
composição da dieta e como os valores de referência são definidos a partir dosagens em indivíduos em jejum, esta é a melhor condição para se
obter as amostras, para que a comparação seja válida. Um tempo de jejum muito prolongado também causa variações. A bilirrubina, por exemplo,
pode estar acima dos valores de referência mesmo em indivíduos normais que permaneçam 24 horas sem se alimentar. As proteínas plasmáticas
podem, nestas situações, se mostrar abaixo da referência. Além do jejum, a composição da dieta é um fator que influencia a intensidade de variação
e o tempo de retorno da concentração de algumas substâncias aos níveis basais. A ingestão de pequena quantidade de bebida alcoólica, por
exemplo, por pessoa não habituada a beber, pode provocar a elevação significativa e a permanência de níveis elevados de triglicérides por três a
cinco dias! A boa prática laboratorial recomenda que, para a maioria de exames de sangue, a coleta seja realizada após um período mínimo de
quatro horas de jejum, para o indivíduo adulto. Crianças e recém-nascidos devem ter este prazo reduzido ou até mesmo abolido, dependendo de
cada situação clínica. Para cada exame, porém, pode haver necessidade de orientação específica. Desta forma, neste como em outros aspectos do
atendimento médico, as regras não podem ser generalizadas e aplicadas rigorosamente. Cada paciente, cada exame e cada situação devem ter
suas particularidades analisadas de forma a se obter o maior grau de confiabilidade dos resultados.
Alguns, não. É o caso das dosagens de cortisol, ferro e ACTH (hormônio adrenocorticotrófico). Esses exames devem ser realizados
obrigatoriamente na parte da manhã. Motivo: é nessa parte do dia que tais substâncias têm um pico no organismo.
Não. Também não precisa ser a primeira evacuação do dia. Isso vale para todos os tipos de exame de fezes. Detalhe: para a comodidade do cliente
é melhor o material ser colhido em casa, num frasco apropriado.
A 1ª amostra do exame Parasitológico de fezes seriado deve ser colhida sem uso de laxante para que o material fecal possa ser avaliado
macroscopicamente (para verificar presença de muco, pus, sangue etc.) e também para poder ser realizada uma técnica de pesquisa de larvas de
um determinado parasita na qual há necessidade das fezes não estarem semi-líquidas/líquidas.
Somente se o seu médico solicitar. Se isso não acontecer, a urina poderá ser colhida em qualquer horário do dia, mas com um cuidado antes do
exame: de preferência, permanecer duas horas sem urinar. Dará o volume ideal para uma boa coleta. O ideal é que seja colhida em frasco
apropriado, fornecido pelo laboratório ou adquirido em farmácia.
Depende do tipo de exame. Para cultura, o ideal é que a urina seja colhida no laboratório. Já a urina tipo I, que é mais comum, pode ser colhida
casa.
Não, desde que se adotem dois cuidados para não misturar esses medicamentos à urina: assepsia na hora do exame e uso de tampão vaginal.
Normalmente, não, pois o procedimento dura segundos. Mas isso depende da sensibilidade de cada paciente e da destreza do atendente.
Isto chama-se hematoma: extravasamento de sangue para fora da veia. Ele pode ocorrer em determinadas situações, tais como: veias finas,
delicadas, com muita pressão; falta de boa compressão no local da punção; e paciente usando algum medicamento que altera a coagulação do
sangue, entre os quais a aspirina.
Independentemente do exame ser realizado como particular ou pelo plano de saúde, os resultados podem ser retirados por telefone, fax, portador,
postal ou internet, desde que autorizado pelo paciente no momento da abertura da ficha.
Não. Apenas alguém portando o comprovante pode retirar os resultados. Evidentemente, existem casos excepcionais que serão analisados pelo
médico de plantão.
O atendimento de gestantes, idosos e crianças é prioridade. No entanto, em algumas situações é necessária a presença de profissionais mais
especializados (área infantil, área ginecológica) ocasionando, algumas vezes, uma certa demora.
Antibiograma é um exame cuja finalidade é verificar quais são os antibióticos mais indicados para o tratamento da infecção causada pela bactéria
isolada no material clínico analisado. Por este teste ficamos sabendo a quais antibióticos a bactéria é sensível e a quais antibióticos a bactéria é
resistente.
Sim, o Laboratório possui enfermeiras especializadas, que participam de cursos de reciclagem na área de coleta infantil
O exame de urina tipo I é um exame de rotina que avalia, além de alguns aspectos da integridade das vias urinárias, algumas funções renais e
algumas situações extra-renais. É um exame geral, de triagem, e seus resultados devem ser interpretados levando em conta vários dados clínicos
do paciente. Não é preciso ser feito na primeira urina da manhã nem esperar duas horas pelo fato de serem avaliados parâmetros mais ou menos
constantes, que não se alteram de forma significativa ao longo do tempo. Este exame deve ser feito, principalmente, quando se suspeita de algum
problema infeccioso e/ou inflamatório de vias urinárias.
Não se deve tomar laxante pois ele provoca um aumento de velocidade do trânsito intestinal com modificação da absorção. Como a absorção de
glicose é a base do teste, este pode ser prejudicado.
Se a dieta for muito pobre em hidratos de carbono, a resposta do paciente pode mostrar um perfil mais alterado do que se ele tivesse uma dieta
normal.
A pesquisa de Sangue oculto nas fezes é utilizada para auxiliar o diagnóstico de doenças do intestino (especialmente do colo), em que exista
sangramento. Como o álcool é um irritante gástrico, podendo causar sangramento do estômago por irritação, a ingestão de álcool em grande
quantidade é desaconselhada para quem vai fazer este tipo de teste.
Não são todos, apenas aqueles que sofrem flutuação conforme o dia do ciclo, como o LH, FSH, estradiol e progesterona.
A coleta de sangue significa realizar a punção de uma veia – ou em situações especiais, de uma artéria – para a obtenção de um volume de sangue
para a realização de exames de laboratório. Algumas vezes, é possível obter o volume necessário por punção digital ou de calcanhar. Em todas as
circunstâncias, a pele é puncionada, o que significa um pequeno trauma e uma lesão. Há um pequeno desconforto e um potencial risco de
contaminação. Dessa forma, os cuidados implicam em fazer uma assepsia adequada no local da punção e o uso de instrumentos – agulhas e/ou
lancetas – esterilizadas. Além disso, a prática e destreza do pessoal de coleta são importantes. Repetir o processo várias vezes, evidentemente,
não é adequado e, um cuidado precisa ser tomado em relação ao volume de sangue coletado. Lembrar que quanto menor a criança, menor o
volume de sangue existente, e proporcionalmente, maior o volume coletado.
Para que se tenha uma idéia da quantidade de cada um dos tipos de glóbulos brancos circulantes é importante termos a contagem global e a
específica. Alguns problemas podem causar alterações em tipos específicos de glóbulos brancos, por exemplo, doenças causadas por bactérias, promovem o aumento do número de neutrófilos granulócitos, com o aparecimento de células mais jovens; doenças causadas por vírus causam o
aumento do número de linfócitos, com o aparecimento de linfócitos atípicos. É importante saber se o aumento ou a diminuição observados são
absolutos ou relativos, daí a necessidade de contar o total dos glóbulos brancos.
O primeiro jato de urina traz células e secreção que podem estar presentes na uretra, principalmente se existir um processo inflamatório e/ou
infeccioso chamado uretrite. Quando se está preocupado com uma possível infecção urinária, é importante que o material examinado não seja
“contaminado” com o que estiver na uretra. Daí a necessidade de desprezar o primeiro jato e coletar o jato médio, ou seja, uma urina que representa
bem o material que está na bexiga.